Happy Halloween? Será
mesmo?
"Porque a nossa luta não é contra o
sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas
regiões celestes" (Efésios 6.12).
Será que Halloween é realmente uma
festa feliz ("happy")? Ou será que há ocultismo da pesada nas suas origens?
Será que essa festa envolve celebrações fúnebres, consultas aos mortos,
louvor à "divindade" da morte e negociatas com entidades do mundo tenebroso?
Será que é um evento tão ingênuo como se diz?
Origem do Halloween
O ano para os praticantes de bruxaria vai
de dia 22 de dezembro (nascimento do sol ou "deus de grandes chifres" ou
"deus chifrudo") até dia 31 de outubro (morte do sol ou do "deus de grandes
chifres")
Para a religição Wicca (bruxaria moderna), o dia 31 de outubro é o
grande sabá (festa) de Samhain .
O que é Samhain? É uma palavra de origem celta para designar "O
senhor da morte". Os celtas dedicavam esse último dia de outubro para
celebrar a "Festa dos Mortos".
Então, quando os professores de inglês desejam um "Happy Halloween!", estão,
na verdade, desejando um "feliz" Samhain. Ou seja, uma "feliz" festa
dos mortos ou um "feliz" ano novo da bruxaria, um "feliz" dia da morte do
"deus chifrudo".
Os celtas e o culto aos
mortos
O que hoje chamamos de Halloween era o
festival celta de Samhain, o "deus dos mortos".
O ano novo deles começava no dia 1º de novembro. O festival iniciado na
noite anterior homenageava Samhain, "O senhor da morte". Essa
celebração marcava o início da estação de frio (no Hemisfério Norte), com
menos períodos de sol e mais períodos de escuridão.
Quando os professores de inglês desejam "Happy Halloween!" à classe, estão
indiretamente desejando que seus educandos façam negociatas com espíritos do
mundo sobrenatural que supostamente controlam os processos da natureza. E
mais: que seus pupilos apaziguem e acalmem os espíritos maus, pedindo
proteção aos espíritos bons durante aquele novo ano.
Os principais símbolos do
Halloween
Com a migração dos ingleses, e
especialmente dos irlandeses, para os Estados Unidos, no século XIX,
Halloween foi pouco a pouco tornando-se popular na América.
a) "The Jack O'Lantern"
(A Lanterna de Jack)
Esse é o nome daquela abóbora (jerimum,
no Norte e Nordeste) esculpida com uma face demoníaca e iluminada por
dentro.
Vem da lenda de um irlandês todo errado, que gostava de aprontar com todo
mundo e chegou a enganar até o próprio Satanás. Quando Jack morreu, não foi
permitida sua entrada no céu, nem no inferno. Satanás jogou para ele uma
vela para iluminar seu caminho pela terra. Jack acendeu a vela e a colocou
dentro de um nabo, fazendo uma lanterna para si.
Quando os irlandeses chegaram aos Estados Unidos, encontram uma carência de
nabos e uma abundância de abóboras. Para manter a tradição durante o
Halloween, passaram a utilizar abóboras no lugar de nabos.
b)
"Apple-ducking [bobbing for apples]" (maçãs boiando)
Esse é o nome de um ritual que foi
incorporado às celebrações de Halloween depois que os celtas foram dominados
pelos romanos. É uma homenagem a Pomona, a deusa dos frutos e das árvores,
que era louvada na época da colheita (novembro). Os antigos geralmente a
desenhavam sentada em uma cesta com frutos e flores. A maçã era uma fruta
sagrada para a deusa.
Obs: Porque será que tornou-se corrente que
o fruto proibido do Éden era uma maçã?
Maçãs ficavam boiando em um barril
com água, enquanto as pessoas mergulhavam seu rosto nela tentando segurá-las
com os dentes. Depois faziam adivinhações sobre o futuro, com base no
formato da mordida.
c) "Trick or Treat"
(Travessura ou Trato)
As criancinhas simbolizam os espíritos
dos mortos que supostamente vagueavam pela noite procurando realizar
maldades (travessuras) ou em busca de bom acolhimento (bons tratos). Ao
recebermos aquelas criancinhas ingênuas nas nossas casas, estávamos
simbolicamente realizando negociatas com principados e potestades
(demônios).
Como uma festividade pagã em honra ao
"Senhor da Morte" e celebrada em memória à morte do "deus chifrudo" foi se
infiltrar na Igreja Católica Romana?
Em 43 d.C., os romanos dominaram
os celtas e governaram sobre a Grã-Bretanha por cerca de 400 anos. Assim, os
conquistadores passaram a conviver com os rituais dos celtas.
Durante séculos, a Igreja Católica Romana celebrava "O Dia de Todos os
Mártires" em 13 de maio. O papa Gregório III (papado de 731-741), porém,
dedicou a Capela de São Pedro, em Roma, a "todos os santos" no dia 1º de
novembro. Assim, em 837, o papa Gregório IV introduziu a festa de "Todos os
Santos" no calendário romano, tornando universal a sua celebração em 1º de
novembro. A partir de então deixou-se de celebrar o "Dia dos Mártires" em
maio.
Na Inglaterra medieval esse
festival católico ficou conhecido como "All Hallows Day" ("Dia de
Todos os Santos"). A noite anterior ao 1º de novembro era chamada "Hallows
Evening", abreviada "Hallows' Eve" e, posteriormente, "Hallowe'en".
Mais de um século após instituir o "Dia de Todos os Santos", a Igreja
Católica, através da sua Abadia de Cluny, na França, determinou que o melhor
dia para se comemorar o "Dia dos Mortos" era logo após o "Dia de Todos os
Santos". Assim, ficou estabelecido o "Dia de Finados" no dia 2 de novembro.
Para a Igreja Católica, a noite de "Hallowe'en", o "Dia de Todos os
Santos" e o "Dia de Finados" são uma só seqüência e celebram coisas
parecidas – a honra e a alma dos mortos! O catolicismo tenta fazer o
"cristianismo" e o paganismo andarem de mãos dadas!
Conclusão
Meus queridos, o que há de tão "happy"
no Halloween? Onde está a suposta felicidade transmitida pela festa de
Samhain? Pessoalmente, não consigo enxergar nada além de trevas
espirituais.
Para quem não sente prazer com o sofrimento, "divertida" é uma palavra pouco
apropriada para descrever a festa de Samhain, marcada pela angústia,
pelo medo, pela depressão, além das piores crueldades e contatos com um
mundo espiritualmente tenebroso. Nem os celtas simpatizavam com a festa de
Samhain.
O Halloween é uma algolagnia (sentir prazer pela dor) que leva as
crianças a se familiarizarem com o sadismo e desperta o que existe de pior
dentro de cada adolescente. É o avesso das relações sociais equilibradas! É
a fusão com a distorção de valores do mundo cão, onde seus participantes
tornam-se vítimas espiritualmente impotentes!
O profeta Isaías nos adverte: "Quando vos disserem: Consultai os
necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará
o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao
testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva" (Isaías
8.19-20). Meu querido, a opção é sua: consultar aqueles que
tagarelam e consultam mortos e adivinhos ou confiar no que diz a Lei do
Senhor.
A Bíblia é clara na opção que devemos seguir: "Não se achará entre ti
quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem
necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que
faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu
Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus"
(Deuteronômio 18.10-13).
Estamos vivendo em tempos de perversão coletiva, onde a face
enganosa de Satanás se manifesta algumas vezes de forma descarada, mas
muitas vezes sutilmente e camuflada por trás de um ingênuo "Happy Halloween!".
Que Deus nos livre do mal. Amém.
Extraído da revista
Chamada da
Meia-Noite, setembro de
2004.
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